4 de Agosto
O Corajoso Companheirismo de Deus
"Tomando consigo os doze. . ." – Lucas 18.31.

     Que coragem de Deus – confiar em nós! "Mas ele não agiu com sabedoria ao escolher-me, porque não há em nada em mim; não tenho valor nenhum"- diria você. Foi por isso mesmo que ele o escolheu. Enquanto acharmos que possuímos algum valor, ele não poderá escolher-nos, porque teremos objetivos próprios a alcançar. Mas, se já permitimos que ele nos fizesse desistir de nossa auto-suficiência, então ele poderá chamar-nos para acompanhá-lo a Jerusalém, e nisso está implícito o cumprimento de propósitos que ele não discute conosco.

     Tendemos a pensar que, pelo fato de alguém ter aptidões naturais, automaticamente será um bom cristão. Mas aqui o importante não é nossa capacidade , e sim nossa "pobreza"; não o que trazemos conosco, mas o que Deus coloca em nós. Não se trata aqui de virtudes naturais de força de caráter, sabedoria e experiência – nessa questão nada disso tem valor. O que pesa mesmo é sermos levados pelo grande impulso de Deus e nos tornarmos seus companheiros (cf. 1 Co 1.26-30). Os companheiros de Deus são pessoas que reconhecem a própria pobreza. Deus não pode usar a pessoa que se julgue útil a ele. Como cristãos, não saímos em defesa de nossa própria causa, mas em defesa da causa de Deus – que não tem nada a ver com nossos interesses pessoais. Mesmo não conhecendo o propósito de Deus, temos que manter nosso relacionamento com ele, aconteça o que acontecer. Não devemos permitir que coisa alguma, em momento algum, prejudique o nosso relacionamento com Deus; se ele for prejudicado, temos que parar e acertá-lo. No cristianismo o mais importante não é o trabalho que fazemos para Deus, mas o relacionamento que mantemos com ele e o ambiente que esse relacionamento produz. É a única coisa que Deus nos pede para cuidar, e é justamente a única que é constantemente atacada.

TUDO PARA ELE