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ASPECTOS
BÍBLICO-PROFÉTICOS
Conquanto para o mundo e para
nós tenha sido uma surpresa a invasão do Kwait pelo Iraque, tal invasão já
estava profetizada pelo profeta Habacuque, seiscentos anos antes do
nascimento de Jesus Cristo. A invasão foi suscitada pelo próprio Deus, a
fim de preparar o cumprimento das demais profecias para a volta, em breve,
do Messias - Jesus Cristo em sua segunda vinda.
Em Habacuque 1.6
temos: "Eis que suscito os caldeus (leia-se Iraque), nação amarga e
apressada, que marcha sobre a largura da terra, para possuir moradas não
suas".
Em toda a região onde está o Iraque hoje, houve,
progressivamente, o Império Assírio ao ocidente, o Império Babilônico ao
centro e o Império Medo-Persa ao oriente. Todos esses impérios, que se
sucederam, são de caldeus, embora os dois primeiros fossem de caldeus no
poder e o terceiro de caldeus sob domínio.
O Iraque de hoje, cuja
capital, Bagdá, é próxima a antiga cidade de Babilônia (em reconstrução
por Saddam Hussein), é tipo e corresponde ao segundo império, o
babilônico. O próprio Saddam Hussein teve uma moeda com sua efígie em uma
das faces e a efígie de Nabucodonozor na outra e, inclusive, começou
a reconstruir os Jardins Suspensos da Babilônia, considerado pelos gregos
como uma das sete maravilhas da Antigüidade, e pretendendia reinaugurar a
cidade em pouco tempo.
O Império Babilônico não possuía o
território hoje pertencente ao Kuwait. Logo, a moderna Babilônia, o Iraque
passou a "possuir" "moradas não suas", também do ponto de vista bíblico,
ao invadir aquele país.
Pela imprensa acompanhamos o relato de
jornalistas que estavam no Kuwait poucos dias antes e no dia da invasão.
Nos informam estes jornalistas que não havia um único kuwaitiano que
cresse na possibilidade de uma invasão por parte do Iraque, como está
escrito no mesmo texto: "porque realizo em vossos dias uma obra, que vós
não crereis, quando vos for contada" (v.5).
A rapidez da invasão
foi tamanha, que nem mesmo os próprios kuwaitianos dela ficaram sabendo, a
não ser quando já concretizada, pois, os seus cavalos são como "leopardos"
(v.8), "todos eles virão com violência", que ocorreu inclusive com mortes
e "os seus rostos buscarão o oriente", estando o Kuwait na parte mais
oriental do Iraque, "e congregarão os cativos como areia" (v.9). 0 próprio
episódio dos reféns estrangeiros já estava profetizado.
Segue-se o
cumprimento: "Escarnecerão dos reis e dos príncipes farão zombaria"
(v.10), Saddam Hussein escarneceu dos reis, digamos assim, dos grandes
países do mundo e do príncipe do Kuwait fez zombaria, tomando-lhe o pais e
matando-lhe o irmão.
No dia seguinte a imprensa noticiou que Saddam
Hussein invadiu o Kuwait em nome de Deus (alguns jornais) ou em nome de
Alá (em outros) pois assim disse o profeta Habacuque: "e se fará culpada,
atribuindo esse poder ao seu deus" (v. ll). É de se frisar que Alá, no
Islamismo, não se assemelha ao nosso Deus (dos cristãos e dos judeus)
e pai de Nosso Senhor Jesus Cristo e não pode ser considerado como Jeová
ou Iavé (IHWH), o Senhor Deus Todo-Poderoso pois
inexiste semelhanças.
Consolidada rapidamente a ocupação do
Kuwait, Saddam Hussein deixou claro que não pararia aí, demonstrando suas
atitudes expansionistas, pois, "amontoando terra, as tomarão" (v.10),
anunciando a invasão da Arábia Saudita.
Diante da rápida
intervenção mundial, tal não se concretizou, e nem poderia. Está escrito
(v.6) que o Iraque marcha "sobre a largura da terra". Em uma das projeções
do mapa da região, vemos que do Kuwait a Jerusalém, passando pela
Jordânia, tem-se exatamente a largura da terra, de mar a mar, do Golfo
Pérsico ao Mar Mediterrâneo. Para o cumprimento das Escrituras, o ditador
logo se esqueceu da Arábia Saudita e declarou que ia tomar a Jordânia, o
que trouxe, de imediato, declarações de Israel que qualquer ataque armado
à Jordânia traria a intervenção militar israelense no
conflito.
Estamos pois no momento histórico em que já se cumpriu o
profetizado por Jeremias (49 vv. 30 e 31), em que o "rei de Babilônia"
(leia-se o ditador do Iraque) intentou um desígnio contra o Kuwait, pois,
"subiu contra uma nação em repouso, que habitava confiadamente, que não
tinha portas nem ferrolhos, e habitavam sós" (paráfrase) - uma nação que
habitava só, no deserto, tendo limites apenas com o próprio Iraque e com a
Arábia Saudita, no extremo da terra e que sequer se preocupava com sua
segurança.
Tambem, nesse momento da História atual, vimos Estados
Unidos e Rússia juntas, falando uma só língua, unidos em torno de um
mesmo propósito, que foi barrar Saddam Hussein. Algo inimaginável apenas a
alguns anos atrás, pois a História recente nos mostrou que ambas as
potências sempre pendiam e apoiavam lados opostos nos conflitos ocorridos
no Planeta. Algo, no entanto, que já estava profetizado pelo mesmo profeta
Jeremias (cap 50 v 9), a 2600 anos atrás; "Eis que eu suscitarei e farei
subir contra Babilônia (O Iraque) uma congregação de grandes nações da
terra do norte e se prepararão contra ela". No mesmo versiculo e nos
seguintes, o profeta deu o vaticínio do final da guerra, que se cumpriu:
"dali será tomada, nenhuma das armas utilizadas contra ela será sem
efeito, o Iraque servirá de presa. Já se submeteu, caíram os que a
sustentavam, estão derrubadas as suas fortalezas. Ser lhe-á pago conforme
tudo quanto ela fez aos outros" (paráfrase).
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