Jebel Musa, o nome árabe para a "Montanha de Moisés"
no extremo sul da península do Sinai, é um local de
visita para muitos peregrinos cristãos desde o 4º século d.C.

Entregando a Lei

uando os Israelitas chegaram ao Monte Sinai, eles se acamparam na planície que estava abaixo dele. A vista do Sinai era tremenda. Este é um dos momentos mais importantes em toda a história do povo hebreu, pois aqui eles receberiam a revelação da lei de Deus e a maneira de se achegar a Ele no tabernáculo. Hoje, o local foi identificada por alguns como a montanha conhecida como Jebel Musa (aproximadamente 1.828m de altura, a uma altitude de 2.385m acima do nível do mar), sendo esta a possibilidade mais aproximada da realidade.





Tradição Judaica

O Midrash diz, "Se a Torah tivesse sido determinada na terra de Israel, Israel poderia ter dito às nações do mundo: 'vocês não tem parte'. Então a Torah foi entregue no deserto, ie., em público, para todos verem, e para todo o mundo que a deseja receber, lhes é permitido vir e receber" [Mekhilta]

Eles estavam prestes a conhecer o Seu Deus. O Senhor ordenou dois dias de preparação por parte da congregação, assim eles perceberiam que Ele queria falar a eles e que há um período de consagração que antecede o ouvir a Sua voz. Eles tinham que ser purificados e todas as suas roupas foram lavadas. Eles se privaram das relações sexuais com as suas esposas, porque os seus corações e mentes estavam se preparando para ouvir Deus falar.

Moisés marcou um limite ao pé do monte, que se alguma pessoa ou gado passasse, a penalidade seria a morte. E ao terceiro dia havia sinais visíveis e audíveis vindo da montanha que causou enorme medo no acampamento.

Êxodo 19:16-18

"E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. E todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente".

Então Deus falou. Ele não só falou ao seu servo Moisés, como aconteceu antes, mas para toda a congregação (Ex 20:1,19; Dt 5:4, 22). Ao invés da trombeta, o povo ouviu a voz do Senhor, embora eles não O vissem. O que eles ouviram é o Decálogo ou os Dez Mandamentos, a que nós nos referimos agora como os Dez Mandamentos. Um depois do outro, do modo mais atemorizador, Deus ditou os Dez Mandamentos.





Tradição Judaica

Antigas tradições judaicas ensinaram que Deus deu os Dez Mandamentos ao ar livre no deserto e declarou isto na língua de todas as nações. Isto era porque as ordens não foram dadas somente a Israel, mas representam um resumo dos deveres humanos, que dizem respeito a todos os homens.


Antes que Deus terminasse de falar, o povo, que estava terrificado, implorou para Moisés intervir e lhes comunicar as palavras de Deus, ao invés de Deus falar a eles. A voz de Deus lhes fez temer a morte, e assim eles pediram para Moisés entrar adiante, na escuridão, e falar com Deus.

Moisés subiu na montanha e lá ficou durante 40 dias. As leis que Moisés recebeu de Deus eram a aliança entre Deus e o Seu povo. O registro destas leis é transmitido em mais de três capítulos da Bíblia (Ex 20:22-24:4). Eles trazem leis referentes ao altar, escravos, assassinatos, ofensas civis, direito de propriedade, deveres sociais, éticos, e muitos outros.





Tradição judaica

Quando os judeus deixaram o Egito, foram contadas 7 semanas e eles estavam recebendo a Lei (Heb. Torah) no Sinai. Deus mostraria a sua vontade na montanha acima de suas cabeças, símbolo de uma cobertura (dossel) de casamento judeu (Heb. Huppah) ficando marcada a imagem de que Deus verdadeiramente se casava com o Seu povo. Os judeus, para comemorar este dia, ainda contam os 49 dias da Páscoa (Pesach) até o Pentecoste (Shavuot) e é chamado de dias de Sephirah. Sephirah vem de duas palavras hebraicas, Sephir (Livro) e Yah (O Nome de Deus).


Quando Moisés voltou à congregação, ele relatou a eles todas as palavras do Senhor, e as várias ordenanças, e eles assim responderam a tudo:

Êxodo 24:3 "Todas as palavras que o SENHOR disse nós faremos".

O próximo dia foi um dos mais importantes na sua história, porque eles iriam estabelecer uma aliança com Deus. Isto foi contado como o dia no qual "estes escravos hebreus se tornaram uma nação". Eles tinham recebido uma revelação divina e responderam a isto entrando na aliança que Deus lhes ofereceu.

A definição Bíblica para Aliança é "um pacto que une duas partes". A palavra hebraica para aliança é b'rit que quer dizer "estabelecer a aliança". E a aliança foi estabelecida pelo derramamento de sangue e por andar entre as duas partes de carne (Gênesis 15). Uma b'rit não pode ser quebrada. Quando se entra em uma aliança, se faz uma solene promessa de amor e de proteção de um para o outro.

Uma Aliança é um acordo que une duas ou mais pessoas e a Escritura menciona que algumas foram feitas entre homens, como Jacó e Labão e Davi e Jônatas. Mas a principal aliança foi feita entre Deus e o homem. Este tipo de aliança era distinto de um acordo humano, no qual as duas partes se aproximavam uma da outra em nível igual. Na aliança divina, Deus é o único que pode cumprir a Aliança verdadeiramente, e alcança o homem, como um ato de graça, e faz a Aliança que une, porque a Sua Palavra é um juramento de honra.

O fato de Deus estabelecer uma aliança com o povo de Israel imediatamente após a sua saída do Egito era de grande significado. Eles eram um povo fraco e desmoralizado, que anteriormente haviam sido escravos, mas Deus ofereceu a eles uma teocracia poderosa (uma nação com Deus como o Rei invisível). No dia que a aliança foi legalizada, Moisés construiu um altar de pedra ao pé da montanha e ergueu doze pilares, um para cada uma das tribos de Israel. Foram feitos sacrifícios e entre eles foi aplicado o sangue dos animais no altar do SENHOR. Este é o primeiro registro de uma nação fazendo sacrifício de animais.

Depois que o pacto foi realizado publicamente, Moisés leu todo o livro da aliança aos ouvidos do povo. Esta leitura da Lei foi ordenada que se repetisse a cada sete anos publicamente, na Festa dos Tabernáculos. Uma vez mais eles responderam alegremente:

Êxodo 24:7 "E eles disseram, tudo o que o SENHOR falou faremos, e obedeceremos".

Deus fez a Aliança com o povo, mesmo sabendo que eles quebrariam a sua promessa. Mas novamente a Aliança não dependia do seu desempenho, mas da integridade de Deus. Moisés então aspergiu o povo:

Ex 24:8 "Então tomou Moisés aquele sangue, e espargiu-o sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o SENHOR tem feito convosco sobre todas estas palavras".

Depois de subir o monte, Moisés permaneceu na presença divina durante quarenta dias, enquanto lhe eram dadas novas revelações. O registro destes quarenta dias na presença de Deus cobre sete capítulos do Livro de Êxodo (25-31). Ao longo deste período Deus deu instruções a Moisés sobre como os homens deveriam se aproximar d'Ele. E é durante esta revelação que nós nos encontramos pela primeira vez a palavra 'tabernáculo' - uma palavra que aparece mais de quatrocentas vezes na Bíblia.

Vash'kanti - mikdash - li - v'assoo - b'tocham

"E me farão um tabernáculo, e habitarei no meio deles". (possa estar neles).

Pararemos aqui por um minuto. Veremos agora a idolatria e a rebelião.




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