Tipologia
A Escritura e os Números
As Quatro Cores



As Quatro Cores


É útil estudar sobre o tabernáculo para aprender mais da pessoa de Cristo. O espírito da profecia é Cristo: “E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus, porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Apocalipse 19:10). O nosso conhecimento de Cristo é instruído e fortalecido pelo estudo do Antigo Testamento, por isso convém estudar o que diz a Bíblia sobre o tabernáculo.

Disse o Senhor a Moisés: Diga aos filhos de Israel que me tragam uma oferta de estofo azul, púrpura e carmesim e de linho fino... (Exodo 25:3)


Cada uma dessas cores tem o seu significado e todas elas apontam para Cristo:

O Azul

O Azul aponta para a Natureza Celestial de Cristo, O Cristo Espiritual ou homem celestial, a origem celestial de Cristo. Aponta para Jesus como o Filho de Deus, no Evangelho de João e para Jesus como o Anjo do Senhor em todo o Antigo Testamento. Sendo o azul a cor dos céus, também aponta para o caráter e a natureza de Cristo como Sumo Sacerdote (I Coríntios 15.47,48; João 1.18; Hebreus 7.26...). Como Cristo veio dos céus, voltou aos céus e está hoje intercedendo pelos seus à destra do Pai (Rm 8.34), os que estão em Cristo têm uma vocação celestial (Hb 3.1), uma cidadania celestial (Jo 3.3-6; Hb 11.16) e uma herança celestial (I Pd 1.4).


A Púrpura

A Púrpura aponta para a Realeza, Soberania de Cristo, o “Rei dos reis e Senhor dos senhores”, o Leão da Tribo de Judá. Daniel foi vestido de púrpura. Lidia era vendedora de púrpura e vestia os reis. (Apocalipse 19.16; Marcos 15.17-18). Púrpura é a cor dos reis (Mc 15.17,18), portanto essa cor manifesta a verdade de que Cristo é o Soberano e tem toda a glória dessa posição Real. Cristo foi profetizado para ser o Príncipe da Paz e reinar “do trono de Davi, cujo principado e paz não haverá fim” (Is 9.6,7). Cristo tem sido ungido pelo próprio Deus Pai – Sl 2.6, “Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião”.

O Carmesim

O sangue é vermelho como carmesim e aponta para o sacrifício de Cristo e o sangue carmesim que tem poder para cobrir pecados. Pelas suas chagas fomos sarados. (Apocalipse 5.9-10; Números 19.6; Levítico 14.4; Heb 9.11-14, 19, 23, 28). A cor carmesim, pelas Escrituras e especialmente no que se refere a Cristo, manifesta o Cristo Sacrificatório e a Sua humildade. A cor carmesim, para o uso no Tabernáculo, foi conseguida do corpo da fêmea de um verme (Sl 22.6, a palavra hebraica para escarlata e carmesim). Nisso entendemos que o carmesim aponta tanto à humilhação quanto à morte de Cristo. A Sua humilhação é entendida também da seguinte maneira: O nome ‘Adam’, significa ‘vermelho’ por ser feito da terra. Portanto, sendo que Cristo “esvaziou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Fl 2:7,8), o Divino sendo feito homem, “forma de servo” mostra a Sua humildade. Cristo sendo feito homem, mostra a Sua obra de ser o Sacrifício no lugar do homem que se arrepende e crê n'Ele e assim tem a vida eterna.

O Branco

O branco, representado pelo linho fino, aponta para a perfeição, pureza e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados no sangue do Cordeiro e branquearam as suas vestes (Ap 7.9-17; Sl 132.9). A cor branca refere-se ao efeito da obra de Cristo no lugar do Seu povo. Ele os faz perfeitos, santos e justos, propícios para o serem na presença de Deus. Ap 7. 9-17: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente, porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.” (Ap 17:7-9). Deus veste Seus sacerdotes de justiça, como são vestidos os sacerdotes do Tabernáculo (Ex 28.39; Sl 132.9; Zc 3.3,4).





O conjunto das cores na Bíblia

Em Filipenses 2:6-11:

Azul: v. 6 Que, sendo em forma de Deus,
Branca: v. 6 não teve por usurpação ser igual a Deus,
Carmesim: v. 7 Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; 8 E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Púrpura: v. 9, “Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; 10 Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11 E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.”

Nos Quatro Evangelhos

Mateus: Cristo – Rei - Púrpura
Marcos: Cristo – Servo Sacrificatório - Carmesim
Lucas: Cristo – Perfeito Homem - Branca
João: Cristo – Filho de Deus – Azul

No Tabernáculo:

A Porta do Pátio – Filho Divino – Azul (Ex 26.31-33)
A Porta da Tenda – Soberano Divino – Púrpura (Ex 26.36,37)
O Véu do Tabernáculo – Salvador Divino – Carmesim (Ex 27.16,17)
As cortinas do Tabernáculo– Servo Divino – Branca (Ex 26.1-3)

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