Tipologia

A Escritura e os Números
As Quatro Cores

   

Grandes são as obras do SENHOR,
procuradas por todos os que nelas tomam prazer.
Sl 111:2



Tipologia

s obras do Senhor são prazerosas e examiná-las de perto é um dos maiores prazeres que qualquer um pode experimentar. As obras do homem, quanto mais são examinadas, rapidamente causam enfado. Com o tempo podem ser entendidas.

As obras de Deus, quanto mais nós as examinamos e as olhamos, nos atraem ainda mais. Qualquer coisa na criação de Deus - a terra, o ar, as estrelas, o quanto mais nós as estudamos, mais teremos que admitir que não sabemos nada. As pequenas e as mais minúsculas coisas revelam a obra das mãos de Deus. Um inseto pequeno ou um pequeno floco de neve revela arte surpreendente. E a Palavra de Deus, da mesma forma, é obra das mãos de Deus. Totalmente inesgotável. Olhar na superfície é uma coisa, olhar nos detalhes é outra. Nós podemos nos gastar estudando isto toda a vida e apenas podemos começar a aprender as suas riquezas e criatividade. Até mesmo as partes mais isoladas revelam a mesma perfeição. A grande beleza de toda a Bíblia é revelar a pessoa e a obra de Jesus Cristo. Ele é a chave da Escritura. Ele é a grande idéia da Bíblia. Conheça a Cristo, entenda os pensamentos de Deus sobre Ele, e você entenderá a Bíblia.

Rm 15:4 "Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança."

II Tm 3:16-17 "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra."



De fato, os tipos são um conjunto de quadros, diretamente da mão de Deus, pelo qual Ele ensina para Seu povo coisas incompreensíveis. Se nós sabemos a realidade, nós podemos compreender a representação, e quanto mais conhecemos a realidade, maior será a habilidade para entender o quadro.

Eu ouvi dizer, "Nós podemos explicar um pouco sobre como uma máquina trabalha, mas o engenheiro, que está familiarizado com todo parafuso e porca, poderia mostrar exatamente todos os detalhes".

Ao estudamos o
Tabernáculo, estaremos examinando os tipos e as sombras e o seu significado em relação à Cristo e a sua obra. 

   

Um pouco de Teologia

O Tabernáculo é uma representação e uma cópia do verdadeiro Tabernáculo no céu e um tipo de Cristo. Isto nos leva para algo muito importante e muitas vezes mal entendido método de interpretação bíblica conhecido como 'tipologia'. O termo é derivado da palavra grega  'typos' que significa 'modelo' ou ' figura'. Paulo disse:

Rm 5:14 "No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir."

Note que diz que Adão era uma "figura"(um tipo) d'Aquele que havia de vir. Um 'tipo' pode ser definido como 'um evento, pessoa ou objeto que por sua natureza e significado prefigura ou prenuncia algum evento posterior, pessoa ou objeto'. Os Tipos sempre se originam na realidade e histórico, e eles são proféticos em natureza e apontam adiante a alguma pessoa ou evento que hão de vir. Eles são todos dirigidos para o "Mashiach " (Heb. para Messias). Os hebreus sabiam que o seu Messias era o "Haba" ou "O que vem" e todos os seus profetas falaram d'Ele. Mas pensando bem, agora nós podemos ver mais claramente como cada dos tipos figurativos e sombras apontam ao Messias.

O tipo nos ajuda a entender o que é pensado acerca do cordeiro que o Israelita oferecia como um sacrifício para o pecado que ele havia cometido:

Lv 4:32 "Mas, se pela sua oferta trouxer uma cordeira para expiação do pecado, sem defeito trará."

Centenas de anos depois, aquele cordeiro poderia ser reconhecido como sendo um 'tipo' de Jesus Cristo porque apontou adiante Àquele a quem João Batista identificou distintamente como 'o Cordeiro de Deus':

João 1:29 "No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo."

O significado de qualquer tipo no Antigo Testamento poderia não ser aparente até que o 'antitipo' ou a realização tivessem vindo. É importante notar que tudo no Antigo Testamento é um tipo do qual algo no Novo Testamento é o antitipo. Um exemplo disto é a experiência de Jonas com a qual Cristo usou um 'tipo' da sua própria ressurreição:

Mt 12:40 "Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra."

No caso do Tabernáculo e o seu padrão de aproximação de Deus, nós estamos em solo firme e de nenhum modo lendo no texto considerando isto como um tipo do que há de vir. O livro de Hebreus no Novo Testamento torna isto muito claro quando trata do assunto do sacrifício:

Hb 9:23-24 "De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes. Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus"

Nesta passagem o Tabernáculo é chamado 'uma figura (uma cópia)' do que realizou o Messias. Então nós temos o Tabernáculo chamado 'uma cópia' (ou tipo) de Jesus Cristo, o verdadeiro sacrifício. Novamente em Hebreus nos é falado sobre o serviço dos
sacerdotes na terra:

Hb 8:4-6 "Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei, Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou. Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas."

Eles servem em um santuário que é uma cópia (exemplo) e sombra do que está no céu. Note a expressão, 'um exemplo e uma sombra'. Estas palavras falam sobre um tipo da realidade final. O escritor discute as ações do
Sumo Sacerdote no dia da expiação, que tinha que ser repetido ano após ano no tabernáculo, em Hebreus 9:9:

Hb 9:9 "Que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço; "

Assim nós temos autoridade bíblica para uma interpretação tipológica deste assunto que fala de numerosas 'cópias, sombras e ilustrações do que há vir.'

Também é interessante notar que quando João fala de Cristo na introdução do seu evangelho ele diz:

João 1:14 "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade."

Ele usa um verbo grego que corresponde ao substantivo 'tabernáculo' de forma que em sua declaração, ele declara literalmente: 'o Verbo se fez carne, e tabernaculou (ou lançou a sua tenda) entre nós'.

   

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